E falando em rascunhos... recaptulando minha tentativa de escrever uma peça... eu sabia exatamente onde queria chegar com os personagens principais... mas com um começo desses eu ia dar vários nós mentais até conseguir chegar no final da história. Nem cheguei a escrever muito mais, apesar de - na época - ter várias idéias sobre a hsitória. Abandonei sem mais.
***
(Início de cena. No
salão de festas. Marcos está tocando violão. André entra.)
André:
Se preparando pra grande noite?
Marcos:
Só praticando um pouco... a festa é em algumas horas.
André:
Tenho certeza que você já sabe cada dedilhado de cor! Deve ter passado as duas
últimas noites ensaiando cada nota mentalmente antes de dormir... (virando de
costas para olhar pela janela) ... você se preocupa demais!
Marcos: (rindo) Três noites, meu amigo, três... estou
nervoso, vou ter que tomar algumas pra criar coragem...
André:
O palco é a tua droga, Marcos! Lá em cima você fica irreconhecível! Além do
mais, você já devia saber que a insegurança torna a arte frígida.
Marcos:
O palco é outra coisa! É outro mundo... aquilo não sou eu.
André:
(voltando-se para Marcos) Sabe... você é quase tão bom ator quanto eu! Só falta
aprender que "AQUILO" é que é você e que esse Marcos bonzinho E SÉRIO
que todo mundo conhece é só o seu melhor personagem.
Marcos:
Lá vem você com as suas teorias loucas de máscaras sociais e todo esse papo...
o palco, meu amigo, esse sim é o mundo das máscaras. Você sabe que tá falando
besteira, mas eu não estou com cabeça pra outra dessas discussões.
André:
Tem razão, eu falei besteira. Esse é o seu PIOR personagem.
Marcos:
(rindo) Tá bom, chega, você venceu! Eu paro. Já ensaiei o bastante...
(guardando o violão enquanto fala.)
(...)
(Leonardo Baldez - 19/12/2001)
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