segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Um SERASA do bem... né?

Sem nada de especial pra fazer, resolvi comentar uma reportagem que assisti há algumas semanas na Globo. O repórter dizia que as entidades de defesa do consumidor estavam entravando a aprovação de um projeto de lei que autorizaria a criação de um cadastro de bons pagadores... como se fosse um "Serasa do bem", ou algo assim.
Esse cadastro serviria para permitir ao lojista e às financeiras a prática de taxas de juros menores para financiamentos e empréstimos a quem tivesse o nome cadastrado. Tudo muito bem, tudo muito bom. Vários depoimentos de populares falando bem do projeto de lei, falando de como os juros são altos, de como é injusto que os bons pagadores acabem arcado com custos mais elevados por causa dos consumidores inadimplentes...
Por que diabos os supostos defensores do consumidor deveriam enfiar o bedelho onde não foram chamados? Pra quê embarreirar um projeto tão benéfico?

Bom, como carioca que sou desde criancinha, não estou acostumado a acreditar em promessas assim tão benéficas e altruísticas à coletividade. A gente que tem essa pulga atrás da orelha fica sempre procurando o furo nisso tudo, lendo a mensagem de trás pra frente. Ora... vejamos: o SERASA e o SPC são serviços prestados aos lojistas e financeiras como forma de proteção contra a inadimplência, punição dos "maus pagadores" e coação ao pagamento. Não é, portanto, um serviço voltado ao interesse do consumidor.
Tanto é que o nosso judiciário freqüentemente determina o cancelamento de cadastros negativos de consumidores lesados por cobranças indevidas, abusivas ou prescritas por parte das empresas... além disso, por praxe os juízes deferem indenizações ao consumidor lesado, pelos danos morais gerados com a negativação do seu nome.

As associações de lojistas e financeiras, espertas e marotas, resolvem então criar um serviço para beneficiar os consumidores: o cadastro positivo!

Esse cadastro, ao contrário do SERASA/SPC, estaria imune às liminares judiciais, já que ninguém poderia exigir como direito líquido e certo a inclusão do seu nome como "bom pagador" (um conceito um tanto abstrato), muito menos cobrar danos morais pela não inclusão.... Afinal: ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer algo, salvo por determinação da lei. E a lei não obriga as empresas a cadastrarem positivamente seus consumidores.

Daí, em uma leitura a contrario sensu, o cadastro de bons pagadores seria também um cadastro implícito de maus pagadores ou consumidores de risco... para os quais o tratamento não seria tão agradável. Chato não?

sábado, 28 de agosto de 2010

"Voyagers"

Tô vendo aqui um programa do Ronald Rios na MTV e ele tava falando sobre viagem no tempo... que as viagens no tempo nunca serão possíveis, já que até hoje não veio ninguem do futuro nos visitar.
Eu sei, todo mundo já tinha pensado nisso, e realmente parece uma tese bem consistente.

Mas se eu acho que a tecnologia necessária para se criar uma máquina do tempo não seria algo simples e que estivesse ao alcance de cidadãos comuns, certo? Estaria concentrada nas mãos de instituições poderosas, militar e financeiramente até.
Partindo desse pressusposto (que eu acho bastante plausível), poderiamos presumir que o indivíduo escolhido para fazer a tão esperada viagem seria alguém de plena confiança de uma organização desse porte. Alguém com conhecimento e devidamente instruido para não expor a sua real condição de viajante no tempo, afinal, uma máquina que permitisse viagens no tempo seria o santo graal da ciência moderna... algo capaz de transformar o rumo da história e levar a organização que a controlasse ao topo na escala de poder mundial.
Algo tão poderoso despertaria tremendo interesse, sendo certo que organização nenhuma faria um investimento dessa envergadura para colocá-la em risco ao permitir que o viajante expusesse essa verdade às pessoas no passado. Por isso seria imperioso que o viajante mantivesse sua condição em segredo do público em geral, se não sob sigilo absoluto.
Imagina quantos governos, empresas e organizações não estariam interessadas em ter sob sua custódia alguém com conhecimento sobre todo o futuro da economia mundial, das guerras, sobre as novas tecnologias a surgiriam, etc etc etc... seria bem lucrativo capturar um desses, nem que fosse pra obter uma informaçãozinha privilegiada sobre o futuro próximo das bolsas de valores.
Enfim... quando eu tiver a oportunidade de viajar no tempo, vou ficar de bico calado.

sábado, 26 de junho de 2010

Morando sozinho

Ainda estamos em junho e 2010 já está registrado na minha biografia (hein?!)... ok, ok... se eu fosse menos preguiçoso e tivesse mais tempo livre pra registrar minha biografia neste blog ou em qualquer outro lugar, o ano de 2010 já teria sido registrado como um marco.

Larguei o emprego;
Passei num concurso;
Passei 4 meses num curso absurdamente puxado;
Aprendi algumas coisas muito... interessantes;
Virei pai adotivo de uma gata esquizofrênica;
Experimentei spray de pimenta;
Minha banda foi finalista num duelo de bandas;
Ganhei 2 kg;
Voei de helicóptero;
etc

Não bastasse tudo isso, eu agora estou às vésperas de me mudar de casa para morar sozinho numa cidade longínqua.

Boas notícias nunca vêm sozinhas.

Eu, que dizia (brincando) que moraria na casa dos meus pais até os 40, vou ter que trabalhar bem longe de casa, numa cidade que eu não conheço e onde não conheço ninguém, chamada Macaé.
Imaginando a loucura que seria, comecei cedo a planejar minha nova vida. Pesquisei pousadas, kitnets, flats e apartamentos. Acontece que Macaé é um lugar cheio de criaturinhas laranjas com capacetes amarelos que trabalham pra uma empresa chamada Petrobrás... ou seja, é uma cidade onde muita gente disputa moradias provisórias a tapa, deixando os preços de quitinetes e quarto-salas nas alturas.
Eu, apesar de toda evolução desde os tempos de colégio, ainda não encontrei minha vocação pra socialidade, logo não pretendo dividir apartamento com desconhecidos, nem passar muito tempo em pousadas. Restando a indigna missão de fazer minha própria "casa" do absoluto nada. Como nunca morei sozinho, corri pro excel e comecei a calcular...

... os custos.

DO APARTAMENTO?

Por mais que preferisse um apartamento quarto-sala com varanda, cozinha, mobílias e vaga pra Valentina (minha motoca) na garagem, vi logo que não teria dinheiro pra isso.

DA QUITINETE?

Cogitei então um singelo quitinet (kitnet? kitchenette?) e, pesquisando bem, encontrei algumas opções razoavelmente próximas ao meu (futuro) local de trabalho. Um porém: só um deles tinha mobília.
Mas o que isso tem de mais?
Simples: eu não tenho carro; aí depois de meses trabalhando eu finalmente mobílio a casa; aí sai a minha remoção devolta para a capital; aí eu fico com um monte de trambolhos empacados sem ter como trazer; aí eu dou um jeito e consigo trazer tudo; então fico com um monte de trambolhos empacados dentro de casa, sem uso.

DO FLAT

Pedindo conselhos a meus futuros colegas de trabalho pela internet, me surgiu uma opção bem razoável: o apart-hotel (vulgo: flat, que em inglês quer dizer: achatado). Uma colega, que está às vésperas de conseguir o que eu só posso esperar pra ter (a remoção pro Rio de Janeiro) me sugeriu e me pareceu uma boa. O flat tem ar-condicionado, internet, microondas e frigobar, além de toda a mobília necessária pra uma vida digna. Não é cobrada multa rescisória e ele fica perto de tudo. O preço disso tudo: menos dinheiro no bolso, lógico.

Em princípio eu fico com a última opção, torcendo pra colega conseguir vir pro Rio e vagar o flat dela lá. Se não der, ainda tem um kitnet mobiliado que eu posso conseguir... mas não é tão perto do trabalho.

Enfim, moradia é a minha principal preocupação, afinal de contas tornar-me um sem-teto é bem pior do que ficar devendo algumas contas pro mês seguinte.

Por enquanto eu fico por aqui. Mês que vem eu devo voltar a postar com mais regularidade aqui no blog, afinal de contas estarei numa cidade distante, trancado num quarto, sem ter com quem conversar, sem TV a cabo e desesperado com as contas, supermercado, novos tics, TOCs e hobbies...incluindo conversar com as paredes.

* Aceito sujestões e dicas relacionadas à aventura de morar sozinho para marinheiros de primeira viagem. Comentem aqui ou no twitter.com/leonardo_baldez

domingo, 4 de abril de 2010

Duelo do Saloon 79

Quando há meses atrás nós fizemos uma vaquinha pra juntar 20 reais e nos inscrever no festival "Duelo do Saloon", no bar/pub Saloon79, nós não imaginávamos passar da primeira eliminatória. Já fazia quase 2 anos do nosso último show e alguns meses desde o último ensaio.


Com a entrada do Pierre como baixista e o ânimo de subir no palco de novo, a gente voltou a ensaiar e, faltando poucas semanas pra primeira apresentação, acabamos incorporando ao repertório uma música que eu tinha feito alguns meses antes, sem pretensão de incluir no repertório da banda: "Todavia" (nossa "canción" em espanhol).
Fizemos o show, competimos com outras 4 bandas e graças ao voto do público acabamos passando para a fase seguinte do festival.
Passamos então a ensaiar com afinco e nos concentramos na criação de uma música nova. "Dessa vez" surgiu como uma baladinha acústica lijeiramente melancólica e colocada no liquidificador da banda acabou virando um "eletropopfashion hit" super divertido. Posta à prova na segunda eliminatória, junto com um repertório mais bem ensaiado que no primeiro show, a música passou no teste e a banda venceu a votação do juri técnico.

Na terceira eliminatória a banda não subiu ao palco em sua melhor forma nem em seu melhor estado de espírito. O show foi divertido, mas teve suas falhas. Felizmente conseguimos levar bastante gente e aí vencemos pelo o voto do público.
Pro show da 4ª eliminatória (apenas 1 semana depois) a gente se preocupou mais com a eficiência nos ensaios e conseguimos arranjar tempo pra polir as músicas, preparar a balada "Tentativa" que a gente não tocava desde a primeira fase e ainda criar uma música nova pro repertório, já que o setlist desse show seria maior do que os dos shows anteriores.
Subimos ao palco por último naquela noite e demos o máximo. O show foi super divertido e a execução das músicas foi bem próxima do nosso ideal. O som estava bom e tivemos pouquíssimas falhas. Saímos do palco satisfeitos com o que tínhamos feito, mas sem muitas expectativas de passar pra fase seguinte, já que o público das outras bandas tinha sido bem grande.
No anúncio das vencedoras ficamos chocados de saber que haviamos passado pra final com o voto do juri. De 150 bandas inscritas, ficamos entre as 8 finalistas que iriam tocar no Teatro Odisséia. Tô impressionado até agora...
"E... é isso... "
***
O quê: Final do Duelo do Saloon 79.
Quando: Domingo, dia 30 de maio de 2010.
Onde: No Teatro Odisséia, avenida Mem de Sá, 60, Lapa, Rio de Janeiro-RJ.
Quem: Tesis e as demais bandas finalistas do festival. Algumas das melhores bandas da cena alternativa carioca.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Alguém conhece alguma simpatia contra o sono?

[Tô aqui acabado com o laptop da Karen no colo, mas vou tentar escrever alguma coisa razoavelmente interessante nessa caixinha de branca e azul de historinhas.]

Muito tempo sem espalhar grandes notícias personalíssimas pelo universo afora. Tenho estado afastado do mundo real ultimamente...

_Do mundo real? Você não quer dizer "mundo virtual"?

Não, não, falo do mundo real mesmo. E como a janela de entrada para o mundo virtual é uma coisinha muito real chamada computadores, de tabela eu também tenho ficado de fora do mundo virtual. Dois coelhos com uma cajadada só... essa nem Alice com seu espelho e as maravihas do seu país seriam capazes!

[Lewis Carroll... bom rapaz... mas tinha um problema com as drogas, coitadinho...]

Enfim... eu atendi ao chamado do meu senso de estratégia de gerenciamento de futuro e comprei uma passagem para um lugar diferente. Um castelo de espelhos guardado atrás de janelas onde tentam ensinar os valentes a temerem, os truculentos a refletir e os pensativos a agir. No começo achava que essa idéia não daria muito certo, mas imagino que aprender não possa trazer nada de ruim, certo?
Pois lá eu fui. E achei tudo muito curioso... as vestes que usamos do lado de dentro nos disseram para não usar do lado de fora... que ao tomar conta dos outros, ficavamos desprotegidos e que aos inimigos era devida a mesma proteção. Nada que eu já não soubesse, mas ainda assim foi uma surpresa perceber que o plano agora era esse. Bom plano. Agora só faltava avisar aos outros no mundo real. Continua a torcida.

Enfim, como eu agora fico dois terços do meu dia (pelo menos da parte em que nao estou dormindo) nesse "mundo atrás do espelho", eu tenho tido muito pouco tempo pra fazer qualquer coisa no mundo real. Por isso quando entro na internet, só tenho tempo pra chegar e-mails, mensagens e construir alguma coisa no Travian (que ninguém é de ferro).

O carnaval foi bom, muito bacana... mas isso é tema pra outra postagem.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Nomes

Estava aqui conversando com a Priscila sobre os nomes, sobre como alguns nomes conseguem ser tão esdrúxulos e ainda assim suportarem apelidos super 'cool', ou o contrário...

O caso clássico é o do bom e velho Frederico. Não me venha com essa história de "Fred"! Fred é um apelido 'cool' demais pra alguém que se chama Frederico. (Com todo o respeito aos Fredericos. Eu inclusive conheci um no colégio que era gente boa, mas insistia em ser chamado de Fred... doce ilusão!)
Ainda na terminação "rico", Teodorico é um nome que passa pelo mesmo problema. Um nome de mil gerações atrás que eventualmente se recicla numa homenagem a algum avô ou bisavô do mesmo nome... e aí, claro, o garoto tenta a todo custo ser chamado de Téo. Às vezes não dá, não combina.

No sentido contrário tem o Francisco. O nome é super tranquilo, bacaninha até... mas aí vem o povo e chama o cara de Chico. Tenha dó!
Há também aqueles nomes que se tornam siglas como no Brooklin dos anos 80... como Pedros Henriques que viram "PH's"...

Como esse blog tem um fim social, fica a recomendação de uma lista de nomes para NÃO por no seu filho, a não ser que você queira que ele seja zoado no colégio até a morte e te odeie por isso. (OBS:: Em caso de dúvidas sempre retorne a esse site para futuras consultas).

Alce Barbuda
Alfredo Prazeirozo Texugueiro
Asteroide Silverio,
Chevrolet da Silva Ford
Faraó do Egito Sousa
Graciosa Rodela,
Johnny Maicon

HOMENAGENS A CELEBRIDADES SÃO EXTREMAMENTE CONTRA-INDICADAS:

Adolpho Hitler de Oliveira
Kirk Doulgas de Souza (meu parente, acredita?)
Hericlapiton da Silva
Maicon Jakisson de Oliveira,
Sherlock Holmes da Silva
Vitor Hugo Tocagaita

domingo, 3 de janeiro de 2010